Em um pequeno bosque, havia uma colônia de coelhos. Naquele lugarejo muitas famílias moravam, estudavam, trabalhavam e se divertiam.
Os coelhinhos estudavam na Escola Cenouritos e quando ficavam adultos, trabalhavam na fábrica de chocolates Chocodelícias.
Os filhotes adoravam a escola, eles eram estudiosos, aplicados e comportados; mas havia um coelhinho no grupo que era desobediente e teimoso. Ele chamava-se Fifi.
A mãe de Fifi sempre lhe explicava o porquê das coisas, mas ele não aceitava. Ela sempre orava com ele para que um dia ele percebesse que não estava agindo corretamente.
A mãe dizia: “Fifi, está na hora de tomar banho!” E ele não obedecia, queria ficar brincando no bosque.
A mãe chamava Fifi para almoçar e ele respondia: “Já vou!!!” E continuava fazendo o que o que estava fazendo antes.
Quando saíam às compras, Fifi pedia para sua não comprar uma porção de coisas e ela explicava que não teria dinheiro para tudo aquilo. E ele fazia a maior pirraça!!!
A mãe de Fifi o aconselhava, conversava muito com ele dizendo que tem coisas que podemos e devemos fazer e outras não, mas Fifi quando contrariado... abria o bocão!!!
Quando a professora dizia que acabou o recreio e que todos os alunos deveriam voltar para a sala e continuar estudando, Fifi se escondia e dava um trabalhão para professora encontrá-lo.
Só queria brincar de suas brincadeiras preferidas. Se um amiguinho quisesse brincar de alguma brincadeira e ele de outra, ele fazia cara feia e não cedia para o amigo.
Todos eram orientados a irem direto da escola para casa, e nunca deveriam ir a nenhum lugar sem os pais saberem e permitirem, e que jamais deveriam ir para a parte norte do bosque, porque era perigoso.
Certo dia o coelhinho teimoso Fifi, decidiu, depois da escola, ir conhecer o lado norte da floresta. Com olhar curioso, observava a beleza da mata. As horas foram passando, o coelhinho se afastava cada vez mais da sua casa... Nesse momento, o coelhinho foi surpreendido ao cair num buraco fundo e escuro.
Fifi começou a gritar por socorro. E agora?
Ele pensou: Ninguém irá me encontrar aqui.
Assustado, o coelhinho chorou, chorou...
Os pais do coelhinho, estranhando a demora foram procurá-lo, os vizinhos também foram ajudar.
Fifi percebeu que já era noite. Sem forças e esgotado lembrou que os seus pais lhe ensinaram o quanto era importante fazer uma oração para: agradecer ou pedir. O coelhinho se acalmou e orou: Querido Papai do Céu, sei que eu não tenho me comportado... Com meu mau comportamento deixei várias vezes meus professores e colegas de classe tristes. Decepcionei meus pais por ser desobediente e teimoso. Agora estou em apuros por não ter obedecido. Peço ajuda, Senhor, que eu tenha a oportunidade de mudar, de pedir desculpas a todos que eu prejudiquei com atitudes erradas. Percebi o quanto agi mal. E como minha mãe me ama quando me diz não porque sabe que é melhor para mim. Quero fazer as coisas de forma diferente. Meu Deus, perdão! Assim seja!
Assim que o coelhinho terminou de rezar, adormeceu.
Acordou ouvindo vozes chamando pelo seu nome. Gritou: Aqui, aqui! Ao ver seus pais, sentiu-se aliviado.
O Papai Tito falou:
- Vou tirá-lo daí agora. Tito lançou uma corda, Fifi segurou firme enquanto era puxado.
Deu tudo certo no resgate. A família estava reunida novamente. Eles trocaram um longo e caloroso abraço.
Fifi em prantos pediu desculpas e seguiram para casa.
Ao chegar em casa o coelhinho foi tomar banho. Quando terminou a sua mamãe Kika tinha preparado uma comidinha bem gostosa pra ele.
Durante o jantar, o filhote contou sobre a experiência e a lição aprendida.
Fifi deixou de ser teimoso, passou a aceitar o NÃO e colheu muitas alegrias!
Adaptação da História de Aline Radde de Castro, evangelizadora do Centro Espírita União Sagrada de Nosso Pai, da cidade Gravataí/RS