A Turma do 2º Ciclo trabalhou a história "A Lição da Formiga" (Tia Célia – Célia
Xavier Camargo – Fonte: O Consolador – Revista Semanal de Divulgação Espírita)
Na escola de Otávio organizava-se uma festa e os
alunos, animados, ultimavam os preparativos. Alguns penduravam enormes cordões
de bandeirinhas coloridas, outros faziam cartazes, outros varriam o chão,
outros ainda limpavam as mesas e cadeiras.
Na cozinha, preparavam-se bolos e tortas, doces e
salgados, para serem servidos durante a festa.
Trabalhavam com amor, enquanto conversavam e se
divertiam.
Otávio era o único que não quisera colaborar em
nada.
A professora, atenta e dedicada, solicitou-lhe
várias vezes que ajudasse nesse ou naquele setor de serviço, mas ele
recusava-se terminantemente a auxiliar no esforço de todos.
Certo momento, a professora ordenou-lhe, severa:
- Já que você se recusa a colaborar na organização
de nossa festa, a exemplo dos demais, terá uma outra tarefa: deverá entregar-me
amanhã, sem falta, uma redação sobre o tema: A Vida das Formigas.
- Mas professora, isso não é justo! reclamou o
garoto. Só eu tenho que fazer esse trabalho?
- Engano seu, Otávio. Não é justo é você estar sem
fazer nada enquanto seus colegas trabalham e se esforçam a benefício de todos.
Fez uma pausa e, vendo a indecisão de Otávio,
completou:
- Pode começar já, caso contrário não conseguirá
terminar até amanhã.
- Mas, como fazer isso? Não sei por onde começar!
retrucou o garoto.
- É simples. Observe as formigas no jardim!
Muito embaraçado, Otávio encaminhou-se para o
jardim da escola. Suspirando, sentou-se no chão e pensou: Bolas! Onde é que vou
encontrar formigas?
Nisso, viu uma formiguinha que passou apressada
entre seus pés. Seguiu-a com o olhar e logo em seguida reparou em duas outras
que seguiam apressadas, no mesmo sentido.
Curioso, levantou-se e acompanhou-as. Um pouco
adiante, viu uma formiga que voltava carregando um pedaço de pão que, não
obstante pequeno, era muitas vezes maior do que ela.
Sorriu, divertido, e, ao mesmo tempo, admirado:
Aonde será que ela vai levar aquele pedacinho de pão duro? pensou.
Olhou em volta e, um pouco à frente, viu um grande
pedaço de sanduíche que alguém jogara. Em torno dele, dezenas de formigas
trabalhavam diligentes. Algumas cortavam em pedaços menores e outras os transportavam.
Quando o pedaço era ainda muito pesado para suas
pequenas forças, uniam os esforços e carregavam juntas.
Seguindo o trajeto que faziam, Otávio percebeu que
entravam num formigueiro, deixavam a carga e retornavam ao trabalho.
Que interessante! murmurou Otávio, impressionado
com a cooperação e a união existente entre as pequenas operárias. São tão
pequenas e tão unidas e trabalhadeiras!
Nesse momento, lembrou-se da festa da escola e que
só ele não estava colaborando. Levantou-se, envergonhado, procurou a professora
pedindo que lhe desse uma tarefa.
Sorridente, a mestra perguntou:
- Muito bom! Mas o que fez você mudar de ideia,
Otávio?
- As formigas que a senhora mandou que eu
pesquisasse. Vivem unidas num sistema de cooperação fraterna e amiga. Se elas
podem trabalhar, eu também posso.
Parou de falar, fitando a professora e disse:
- Só que, ajudando na festa, não terei muito tempo
para preparar a redação.
Preciso mesmo entregar amanhã cedo?
A mestra sorriu, satisfeita, e, colocando a mão
sobre a cabeça do menino falou, com carinho:
- Não, Otávio. Não há necessidade de fazer a
redação. Você já aprendeu sua lição.
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