Iniciamos com a atividade de detetive (sugestão da Juliana Rangel para trabalhar com personalidade), os evangelizandos tiveram que encontrar as pistas espalhadas pela sala. Para isso, usaram um chapéu e uma lupa, a cada pista encontrada, passavam a vez (chapéu e lupa) para outro colega.
Quando todas as pistas foram encontradas, explicamos que cada uma conta um pouco da história de uma pessoa muito especial. Utilizando as pistas encontradas, contamos a história da Tia Vilma:
Nossa
personalidade nasceu no dia 23 de março de 1929, na cidade do Rio de Janeiro.
Do sexo feminino, era filha de Nelcio Raimundo de Macedo e Armeni Santos de
Macedo.
Era
a primogênita (filha mais velha) de nove irmãos: Manoel, Leila, Jussara, Jaira,
Jussema, Juaciara, Marcílio e Stélio. Desde cedo teve a responsabilidade de
ajudar sua mãe a criar os irmãos.
Quando
criança, seu divertimento maior era brincar de dar aulas aos irmãos menores,
uma vocação nata para o magistério. Desejava muito estudar, mas seus pais não
tinham recursos. Teve, por isso, que interromper os estudos e trabalhar, para
ajudar na manutenção da família.
Quando via uma garotada uniformizada na rua, muitas vezes chorava, achando que seria impossível para ela. Naquela época era muito difícil a gratuidade do ensino. Mais tarde, já moça feita, conseguiu, graças a uma bolsa de estudos, terminar o ginásio no Colégio Cardeal Leme. Aluna dedicada, destacou-se em seus estudos, ganhando várias medalhas por seu desempenho.
Mesmo
trabalhando para manter-se e à família, formou-se na Escola Normal Carmela
Dutra, em 1953.
Sendo
uma das primeiras colocadas, teve o direito de escolher a escola em que
desejava lecionar. Optou por uma bem longe de sua residência, na zona rural, em
Barros Filho, que só tinha praticamente o prédio. Desejava acompanhar o
nascimento de uma escola desde a sua estrutura inicial até o seu funcionamento.
Durante dez anos trabalhou naquele estabelecimento de ensino, querida e acatada
por todos.
Casou-se no dia 30 de janeiro de 1961, aos 31 anos de idade, com Wilson de Souza, natural de Angra dos Reis.
Teve quatro filhos: Paulo Estevão, Ana Matilde,
Pedro Marcos e João Emanuel.
Em
1980, depois dos filhos criados, voltou a estudar e formou-se em pedagogia,
tornando-se especialista em Educação, pela Sociedade Universitária Augusto
Motta.
No
Espiritismo, por meio século (50 anos), trabalhou na evangelização infantil. Colaborou
com a evangelização em presídios, manicômio, por mais de 25 anos. Dedicou-se
também à evangelização na Comunidade do Jacarezinho, por 20 anos.
Por
26 anos pertenceu à Associação Espírita Nosso Lar, em Del Castilho, e por 24
anos à União Espírita Fernandes Figueira e Bezerra de Menezes, tendo presidido
esta última por 12 anos consecutivos.
Era
expositora muito solicitada e levava a todo o Estado do Rio de Janeiro, e
muitos outros, palestras entremeadas de músicas, sempre acompanhada ao violão
por seu querido esposo.
Gravou
quatro fitas-cassete e seis CDs pela Federação Espírita Brasileira, tendo
deixado vários manuscritos de poesias e composições ainda inéditas.
Aqui
na Evangelização, nós cantamos as músicas dela, uma em especial, cantamos todos
os sábados.
Com a história relatada, verificamos se alguém sabia de quem estávamos falando. Como na parede da nossa
sala temos letras de algumas músicas dela que costumamos cantar e alguns
evangelizandos já sabem ler, demos algumas dicas que ajudaram a descobrir.
Tia Vilma |
Nessa foto a Tia Vilma está com o marido da pessoa que conseguiu as fotos para nós. |
Tia Vilma e Tio Wilson |
Tio Wilson com o coral de evangelizandos cantando as músicas da Tia Vilma |
Foi uma trabalhadora dedicada, muito séria e responsável na realização das tarefas que assumia no campo do bem: na evangelização, na divulgação do Espiritismo e no auxílio aos necessitados. Repetia sempre: “No trabalho com Jesus não se brinca”.Teve uma vida dedicada à educação, à família e à Doutrina dos Espíritos. Mesmo nos últimos anos, apesar da limitação de suas condições físicas, não recusava trabalho.
No dia 2 de novembro de 2004 realizou sua última palestra, e no dia 5, serenamente, no Rio de Janeiro, regressou à Espiritualidade. Como ela mesma dizia: “Perseveremos no Bem, confiantes em Jesus, e haverá paz em nossos corações”.
Tia Vilma tem uma importância muito grande, pois muito antes de se falar em inclusão e respeito a individualidade ela envolvia e escutava os seus alunos tratando-os como espíritos em evolução Eu sou fã do seu trabalho.
ResponderExcluirImpossível não amar e reverenciar esse casal querido que evangelizou com suas lindas canções muitos de nós! Gratidão, Tia Vilma e Tio Wilson!
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