Carlos,
Pedro e Marcel estava jogando bola, quando chegou o pai, com um pacotinho na
mão.
– Adivinhem! – gritou ele mostrando
o pequeno embrulho
Carlos, Pedro e Marcel correram em
direção ao pai
– Adivinhem! – repetiu o pai. – São
da chácara da vovó...
– Já sei! São ameixas! – Exclamou
Carlos
– Maçãs! - gritou Pedro.
– Peras! - disse Marcel, indeciso.
– Hum! … - comentou o pai, sorrindo.
- Vocês são ruins no jogo do “advinha”.
E abrindo o pacote, mostrou.
– Pêssegos! … _ gritaram os meninos.
– A fruta mais gostosa do mundo! … - exclamou
Marcel, com os olhos cheios de gula. _ E que lindos! …
Eram mesmo uma beleza! … Enormes… Cinco ao
todo.
Marcel não podia se conter e logo
fez um cálculo:
– Um é para mamãe, outro para o
papai, outro para o Pedro, outro para o Carlos e o maior para mim…
– Esganado! … - exclamaram os
irmãos.
Mas o pai explicou:
– Não há maior nem menor… O que há
mesmo é uma recomendação: vocês só vão comer os pêssegos logo mais, à tarde,
depois do lanche… Certo?
Os meninos ficaram desapontados…
Resmungaram, carrancudos… mas não adiantou nada: papai falava, papai mandava…
O dia passou e, à noite, quando
todos estavam reunidos, o pai perguntou:
– Então, comeram os pêssegos?
– Eu comi, - disse Carlos – e que
bom que eram! Guardei o caroço e hei de plantá-lo para nascer uma árvore.
– Muito bem, muito bem. _ respondeu
o pai. _ É bom pensar no futuro... E você, Pedro?
– Ah! Eu comi todinho... abri o
caroço e dei à Marcel o que estava dentro.
– Muito bem, muito bem. É bom pensar
nos irmãos.
E, virando-se para Marcel,
perguntou:
– E você, filho, comeu o pêssego?
– Eu… eu não comi não. Eu lembrei do
Jorge, o filho da vizinha… Sabe? Ele está muito doente, e o doutor disse que
ele precisa de frutas. Então levei o pêssego para ele.
– Muito bem, muito bem. É bom pensar
nos doentes.
Depois, o pai continuou:
– Interessante! Cada um de vocês
teve uma ideia diferente… Qual foi a melhor de todas?
Houve um pequeno silêncio. Pequeno,
muito pequeno mesmo, porque Pedro logo falou:
– Eu acho que…, acho que foi o
Marcel…
– Eu também acho - concordou Carlos.
E, batendo carinhosamente na cabeça
do irmão, acrescentou:
– Você é o maior, hein, mano?
(Coleção Conte Mais)
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