quarta-feira, 15 de maio de 2019

A Parábola das Dez Virgens


A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS



(Mateus, capítulo 25º, versículos 1 a 13)

Naquela noite, dois jovens se casariam.

O casamento seria celebrado à noite, como era costume no tempo de Jesus.

Havia primeiro a cerimônia religiosa, na casa da noiva. Depois, então, a festa do casamento, na resi­dência do noivo.

Os convidados saiam da casa da noiva forman­do uma procissão. Todos carregavam lâmpadas de azeite ou tochas acesas, porque as ruas eram escuras. 

Naqueles tempos, você sabe, não havia iluminação a gás nem luz elétrica. A procissão, começando da casa da noiva, se dirigia para a casa do noivo.

Algumas pessoas convidadas, que não puderam assistir ao ato religioso, esperavam, em frente às suas casas, a passagem do cortejo, a fim de se diri­girem à residência do noivo para as festas do casa­mento.

As cerimônias religiosas demoraram, porém, bastante tempo na residência da noiva.

Dez moças que não puderam ir lá, estavam espe­rando a passagem do cortejo, quando o noivo, a noi­va e os convidados viessem para a casa do primeiro.

Dessas dez moças, cinco eram tolas e desajui­zadas. As outras cinco eram prudentes.

Todas sabiam que não era permitido tomar parte na procissão sem suas lâmpadas ou tochas.

As tolas, porque não tinham cuidado, levavam as lâmpadas com pouco azeite, mas, as prudentes levavam as lâmpadas e também umas pequenas va­silhas com azeite.

O noivo estava tardando...

— Por que estará demorando tanto, a cerimônia religiosa? — perguntavam as moças, uma às outras.

Sentadas, vencidas pelo cansaço, todas elas ador­meceram.

Já era meia-noite, quando alguém, que vinha à frente da procissão, gritou: “Eis o noivo! Venham os convidados ao seu encontro!”

As dez moças, então, se levantaram depressa e prepararam as suas lâmpadas, acendendo-as.

As cinco moças desajuizadas disseram, nesse momento, às outras cinco:

— Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâm­padas estão se apagando... Elas têm pouco azeite...

As prudentes, porém, responderam, com delica­deza:

— Infelizmente, amigas, não é possível, porque o azeite que temos não chega para nós e para vós. Ide ao vendedor e comprai-o para vos...

As cinco moças imprevidentes foram fazer a compra, buscando o vendedor naquela hora tardia da noite. E por isso, demoraram bastante...

A procissão passou, as cinco moças prudentes entraram no cortejo e todos chegaram à casa do noivo. Imediatamente foi fechada a porta, como era costume.

Mais tarde, as cinco moças sem juízo chegaram. A porta já estava fechada.

— Que faremos? — perguntavam elas entre si.

— Batamos à porta — disse uma.

Bateram, gritando: — Senhor, senhor, abre a porta para nós!

O noivo, porém, da janela do sobrado, disse para as moças que estavam na rua: — Agora não é mais possível... Não vos conheço!

E elas não puderam entrar. Se tivessem sido cuidadosas, estariam na festa juntamente com todos os convidados...


Entendeu, querida criança, a grande lição que Jesus nos deixou com esta parábola? Ele a terminou com as seguintes palavras: “Vigiai, porque não sa­beis o dia nem a hora”.

Esta parábola é um convite do nosso Divino Mestre para que sejamos vigilantes, isto é, cuida­dosos.

Devemos estar sempre prontos para o cumprimento do nosso dever. Devemos estar sempre pron­tos para responder à chamada de Jesus para qualquer serviço, pequenino que seja, na Seara do Evangelho. Devemos estar sempre prontos para a hora desconhecida em que Ele nos chamar desta vida presente para a vida espiritual.

Isso é que significa vigilância. Cuidemos, pois, de nossas almas com muito zelo. Sejamos como as moças prudentes da parábola, que traziam suas lâmpadas e mais as vasilhas de azeite. Devemos trazer nossas almas como lâmpadas sempre acesas, ali­mentadas com o azeite da Palavra Divina.

Você viu que o azeite, na parábola, não pôde ser emprestado. Assim sendo, cada um de nós deve cuidar de conseguir o próprio azeite para sua lâmpada, isto é, cada um deve cuidar de aperfeiçoar e iluminar seu próprio coração, pois, não podemos chegar a Jesus pelos merecimentos dos outros. É a “lei de esforço próprio” de que tem falado, muitas vezes, nosso grande Benfeitor Espiritual Emmanuel.

Atenção para outro ensinamento, querida criança: Devemos cuidar da iluminação de nossa alma enquanto é tempo. Não procedamos como as virgens sem juizo, que deixaram a compra do azeite para última hora. Por não serem cuidadosas, perderam o direito de entrada às festas do casamento. Se não cuidarmos também, com antecedência, do aperfei­çoamento de nosso Espírito, não teremos ingresso às Moradas Luminosas de paz, de felicidade e de cooperação com Deus.

Pense nessas coisas muito sérias e santas, meu querido menino. E desde agora, “compre” no Evan­gelho, com as moedas de sua boa vontade e de seu esforço o azeite das Virtudes Divinas para acender a lâmpada do seu coração, preparando-o, cuidadosa­mente, para os serviços do Bem, com Jesus.



(Mateus, capítulo 25º versículos 1 a 13)

1 ENTÃO o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, sairam ao encontro do noivo.
2 Cinco dentre elas eram néscias, e cinco pru­
dentes.
3 As néscias, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.
4 Mas, as prudentes levaram azeite em suas vasilhas juntamente com as lâmpadas.
5 Tardando o noivo, toscanejaram todas e adormeceram.
6 Mas à meia-noite ouviu-se um grito: Eis o noivo! Sai ao seu encontro.
7 Então se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas.
8 E disseram as néscias às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando.
9 Porém as prudentes responderam: Talvez não haja bastante para nós e vós; ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós.
10 Enquanto foram comprá-lo veio o noivo; e as que estavam apercebidas, entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
11 Depois vieram as outras virgens e disseram:
Senhor, Senhor, abre-nos a porta.
12 Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço.
13 Portanto, vigiai, porque não sabeis nem o dia nem a hora.

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