terça-feira, 1 de agosto de 2023

PERDÃO (COMO PERDOAR) – 3º Ciclo

 


1. TEMA: O Perdão - Como perdoar
 
2. OBJETIVO: A criança conscientizar-se-á de que a prática do perdão é um dos pontos básicos para a convivência perfeita, a felicidade, o progresso, a libertação do Espírito, e que o perdão deve ser exercido integralmente, com o esquecimento das ofensas.
 
3. BIBLIOGRAFIA:
 
Mt, 5: 25 e 26, 44; 6: 14 e 15; 18: 15, 21 e 22; 26: 41.
LE, 918; ESE., 10: 1 a 15; 12.
Almas em Desfile (Hilário Silva / F. C. Xavier e Waldo Vieira), 2ª parte, cap. 16.
 
4. DESENVOLVIMENTO:
 
a) Incentivação inicial: Diálogo.
 
Ler, ou pedir a alguma criança que leia, no cap. 10 de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” os trechos evangélicos citados acima (itens 2, 3 e 5) e perguntar às crianças por que motivo Jesus falava tanto em perdão e reconciliação.
 
b) Desenvolvimento: Exposição dialogada.
 
A mensagem do Evangelho de Jesus não se destina aos templos, mas à vida diária. O ensinamento a respeito do amor ao próximo não é apenas um conceito abstrato para servir de base a comentários durante as práticas religiosas, mas sim um alerta para o esforço que cada um deve desenvolver no sentido de ter uma convivência pacífica entre as criaturas.
 
O perdão é um dos elementos básicos para a boa convivência. No lugar onde não há perdão, não há paz, pois as pessoas que não perdoam vão acumulando as mágoas e os rancores, umas contra as outras, o que gera um clima de tensão.
 
Quando se vive num ambiente tenso, muitas atitudes comuns e até mesmo inocentes poderão ser tomadas como agressivas ou provocadoras e redundarem em acontecimentos desagradáveis.
 
Se recebemos um mal qualquer, como seja uma ofensa, uma agressão, uma traição ou se somos vítimas de calúnia, devemos procurar não responder do mesmo modo, ou tomar qualquer atitude de vingança contra aquele que praticou a má ação, pois se retribuirmos o mal com o mal, estaremos no mesmo nível daquele que nos ofendeu. “Responder à altura”, conforme muitas pessoas dizem, significa que nos colocamos exatamente no mesmo nível daquele que nos agrediu. Ora, se a ofensa parte de uma pessoa com baixo padrão vibratório, responder-lhe à altura significa baixar também o nosso. Quem é realmente superior não desce a um nível inferior, senão para ajudar.
 
Como sabemos que a pessoa que pratica o mal está invariavelmente perturbada, é fácil deduzir que sempre que estivermos retribuindo o mal com o mal estaremos nos perturbando também, pois estaremos guardando uma mensagem desequilibrada que nos chegou. Estaremos nos ligando ao mal. Se, ao contrário, procurarmos, com o auxílio da prece, perdoar e esquecer a ofensa recebida, ficaremos desligados da pessoa desequilibrada e, consequentemente, ela não nos poderá atingir.
 
Devemos nos lembrar sempre de que todo aquele que ofende, calunia, agride, xinga, aborrece os outros, é alguém que está em desarmonia consigo mesmo, que está perturbado, desequilibrado. Jesus ao nos aconselhar “orai pelos que vos perseguem e caluniam”, estava não só ensinando a procurarmos ajudar um irmão necessitado, como também a nos pormos a salvo do mal que ele nos queira fazer, pois quando oramos, nos colocamos num padrão vibratório mais elevado, o que nos livra da ligação com o mal.
 
Todo aquele que tem boa formação sente naturalmente piedade por uma pessoa que seja doente, que tenha uma moléstia grave, uma tuberculose, um câncer, por exemplo. Entretanto, se a pessoa for doente da alma, alguém que prejudica, persegue, fala mal, calunia, essa às vezes causa raiva e até desejos de vingança, embora seja também doente, com a diferença de a sua doença estar na alma e não no corpo. Devemos nos lembrar de que a pessoa agressiva, maldosa tem uma moléstia na alma, moléstia essa que é tão grave quanto o câncer no corpo físico, com uma diferença: a doença do corpo se extingue com a morte, ou seja, vai para a sepultura com o cadáver; a doença da alma vai com o Espírito para o Mundo Espiritual. Qual das duas criaturas merece mais a nossa piedade? Daí Jesus ensinar que devemos orar pelos que nos perseguem e caluniam...
 
Quando Jesus, respondendo a Pedro disse-lhe que deveríamos perdoar não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes, quis dizer que devemos perdoar sempre, indefinidamente. É claro que aquele que aprendeu a lição de perdão não vai ficar contando, esperando 490 vezes.
 
Os Judeus tinham por hábito religioso colocar uma oferenda no altar do seu templo, com o intuito de agradar a Deus. Como essa prática era considerada muito importante por eles, Jesus usou-a para ensinar que, além de perdoar, devemos também pedir perdão ao notarmos que ofendemos alguém, pois não adianta tentarmos agradar a Deus, conservando-nos inimigos de nossos irmãos, que são também Seus filhos: “Se, portanto, fordes depor a vossa oferenda no altar, vos lembrardes de que o vosso irmão tem qualquer coisa contra vós, - deixai a vossa dádiva junto ao altar e ide, antes, reconciliar-vos com o vosso irmão; depois, então, voltai a oferecê-la.” (Mt, 5: 23 e 24.)
 
O perdão não é para ser exercido apenas quando ocorram fatos muito graves contra nós. Devemos perdoar, desculpar, desde as pequeninas ofensas, as menores indelicadezas que pratiquem contra nós, pois quem não perdoa as pequenas ofensas, não perdoa também as grandes. A prática do perdão requer treinamento constante.
 
Criar o hábito do perdão é tarefa que requer o uso da nossa vontade. Quando desejamos realmente entrar no aprendizado da misericórdia, da benevolência, devemos pedir a ajuda de Jesus e dos Bons Espíritos, nas nossas orações, a fim de estarmos sempre vigilantes contra o velho hábito de recebermos e guardarmos ofensas, como se fossem coisas boas. O que não é bom, não devemos receber, deixar que nos atinja. Mas, se inadvertidamente permitirmos que isso aconteça, devemos recorrer à oração para lançarmos fora todo o mal.
 
Aí é que aplicamos a recomendação de Jesus: “Vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Mt, 26: 41), vigiando a nossa mente e o nosso coração, a fim de verificarmos se estamos guardando mágoas.
 
Guardar mágoa ou rancor é um ato que demonstra falta de bom senso: seria o mesmo que conservar, no próprio lugar, um alfinete que alguém tivesse espetado em nosso corpo. Que faremos se uma pessoa fincar um alfinete em nós? É claro que o tiraremos imediatamente e trataremos do local com o medicamento adequado.
 
Se considerarmos as ofensas recebidas como “alfinetadas” como se costuma dizer, agiremos do mesmo modo, não permitindo que o “alfinete” fique em nós. Vamos tirá-lo e tratar logo da ferida.
 
Perdoar, como se vê, é até um ato de inteligência, pois se uma pessoa nos ofende e nós guardamos mágoa ou rancor, sofremos todas as vezes que nos lembrarmos do fato desagradável. Quando guardamos uma ofensa estamos negando a nossa condição de criatura inteligente, pois nós mesmos estaremos multiplicando o mal: a pessoa nos fez uma única vez e nós, a cada lembrança, nos entristecemos, nos ferimos de novo. Se, ao contrário, desculparmos, perdoarmos, esquecendo-nos do mal recebido, a ofensa só nos terá atingido naquele momento da agressão e logo depois a fazemos desaparecer. Daí o sábio ensinamento do Evangelho: “... perdoar com esquecimento de todo o mal”.
 
Os Espíritos ensinam que existem muitas pessoas que são doentes porque ainda não aprenderam a perdoar, a esquecer o mal recebido. Existem pessoas que guardam mágoas por anos seguidos, como se fossem coisas preciosas, relatando, sempre que podem, seus sofrimentos aos outros. Essas pessoas, ao recordarem as ofensas que as fizeram sofrer, retornam à situação emocional do momento desagradável, e assim volta-lhes a mágoa, o rancor e, não raro, a idéia de vingança, o que é pior. Esse estado mental negativo prejudica seriamente não só o equilíbrio emocional, mas também a própria saúde física.
 
Quase sempre, as pessoas agressivas, indelicadas, desagradáveis, caluniadoras, perseguidoras, invejosas, enfim as pessoas que agem em desacordo com os princípios evangélicos, têm os seus atos reforçados por Espíritos inferiores, aqueles que se alegram com o mal. Ora, se retribuirmos o mal com o mal estaremos nos sintonizando com esses irmãos infelizes. Mas, se, ao contrário, orarmos em favor do ofensor, conforme recomendou Jesus: “... e orai pelos que vos perseguem e caluniam” (Mt, 5: 44), estaremos nos ligando aos bons Espíritos, principalmente ao protetor daquele que nos quer prejudicar.
 
É bom nos lembrarmos de que no momento em que ofendemos, agredimos, retribuindo o mal com o mal, estamos deixando que se manifeste apenas a nossa natureza animal, mas quando perdoamos, buscando compreender o nosso irmão, estamos revelando a nossa natureza divina. Além do mais, quando alguém nos ofende, sempre espera que fiquemos com raiva. Se ficarmos com raiva, estaremos fazendo o que o agressor quer. Será que assim não estaremos deixando que outra pessoa diga como devemos agir, que controle a nossa vida?
 
A Doutrina Espírita nos ensina que Jesus veio revelar-nos que Deus, na sua condição de Pai Misericordioso, sempre nos perdoa. Entretanto, para que mereçamos a misericórdia e o perdão de Deus é necessário que sejamos misericordiosos por nossa vez, perdoando os nossos irmãos quando nos tenham ofendido, conforme prometemos, repetindo o “Pai Nosso”: “... perdoai as nossas ofensas, como nós perdoamos os nossos ofensores.”
 
c) Fixação e/ou avaliação: Interrogatório.
 
Fazer às crianças perguntas sobre os tópicos desenvolvidos na aula. Sugestões:
01- Quem nos recomendou o perdão?
02- Por que o perdão é básico para a boa convivência?
03- O que Jesus nos mostra na recomendação: “Orai pelos que vos perseguem e caluniam”?
04- O que Jesus quis dizer ao recomendar a Pedro que perdoasse até setenta vezes sete vezes?
05- Como nós podemos aprender a perdoar as grandes ofensas?
06- Quem merece mais a nossa compaixão: o doente do corpo ou o doente da alma?
07- Por que perdoar é um ato de inteligência?
08-O que é que sentimos quando nos lembramos de uma pessoa que nos tenha ofendido e de cuja ofensa ainda guardamos mágoa?
09- Será ato de inteligência permitir que uma ação, muitas vezes impensada, de uma pessoa perturbe a nossa paz?
10- Se você ficar magoado ou com raiva porque uma pessoa fez-lhe algum mal, não estará, assim, permitindo que essa pessoa decida por você, como você deve se sentir?
11- A quem o perdão faz mais bem, àquele que o recebe ou àquele que o concede?
12- Para qual das duas posições é necessário ter-se mais coragem: para vingar-se ou para perdoar?
13- Com que espécie de Espíritos estamos nos sintonizando quando retribuímos o mal com o mal?
 
d) Material didático: Exemplar de “O Evangelho segundo o Espiritismo”. Papel e lápis para quem quiser fazer o exercício por escrito.
 
Aliança Municipal Espírita de Juiz De Fora (AME-JF) AULA Nº 37

DINÂMICA - ANTE O OFENSOR
 
Objetivo: Colocar-se no lugar do seu opositor, na condição de filho de Deus e imaginar como gostaria de ser tratado pela lei, caso tenha cometido um crime.
 
Participantes: Indefinido.
 
Tempo Estimado: 15min.
 
Material: lousa e giz.
 
Descrição:
O Evangelizador deverá escrever na lousa uma pergunta sobre um crime hipotético, questionar os alunos como deveriam tratar o criminoso e anotar as respostas.
 
Pergunta:
Se um filho roubasse os seus próprios pais como deveria ser tratado?
Após anotar as respostas dos alunos na lousa, faça outros questionamentos:
Se este filho fosse você como gostaria de ser tratado? Gostaria de receber o mesmo tratamento que havia pensado antes? Gostaria de receber o perdão dos seus pais e familiares? (Aguarde as respostas)
 
Comentário:
Quase sempre categorizamos aqueles que nos ferem por inimigos intoleráveis; entretanto, o Divino Mestre, que tomamos por guia, determina venhamos a perdoar-lhes setenta vezes sete. (...)Se a injúria nos visita o cotidiano, pensemos em nossos opositores na condição de filhos de Deus, tanto quanto nós, e, situando-nos no lugar deles, analisemos o que estimaríamos receber de melhor das Leis Divinas se estivéssemos em análogas circunstâncias. (...) Efetuado o autoexame, não mais nos permitiremos qualquer censura e sim proclamaremos no coração a urgente necessidade de amparo da Misericórdia Divina, em favor deles, e a nosso próprio benefício. (Rumo certo. Agressores e nós. Espírito Emmanuel.  Psicografado por Chico Xavier)
 
Segundo André Luiz: " O adversário em quem você julga encontrar um modelo de perversidade talvez seja apenas um doente necessitado de compreensão. (...) A melhor maneira de aprender a desculpar os erros alheios é reconhecer que também somos humanos, capazes de errar talvez ainda mais desastradamente que os outros." (Sinal verde. Antagonistas. Psicografado por Chico Xavier)
 
(Baseada no livro: Rumo certo. Agressores e nós. Espírito Emmanuel.  Psicografado por Chico Xavier e no livro: Sinal verde. Antagonistas. Psicografado por Chico Xavier)
 
Leia mais: https://www.passatempoespirita.com.br/products/dinamica-ante-o-ofensor/
 
DINÂMICA - O QUE SENTIMOS QUANDO PERDOAMOS
 
Objetivo: Perceber quais são os sentimentos que possuímos em nosso coração quando perdoamos alguém.
 
Participantes: Indefinido.
 
Tempo Estimado: 15 min.
 
Material: papel color set com cores sortidas, cartolina, tesoura e cola bastão.
 
Descrição:
O Evangelizador deverá confeccionar previamente vários corações coloridos (tamanho: aproximadamente 10cm X 10cm) e distribuir um para cada aluno. Depois deverá pedir para que os alunos escrevam no coração quais sentimentos possuem quando perdoam alguém (Exemplos: paz, amor, felicidade, etc.). Após escrever, todos deverão colar os corações na cartolina.
 
Comentário:
O perdão sincero é filho espontâneo do amor e, como tal, não exige reconhecimento de qualquer natureza. (O Consolador. Questão 335. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier).
 
(Baseada no blog: Pelos caminhos da Evangelização)
 
Leia mais: https://www.passatempoespirita.com.br/products/dinamica-o-que-sentimos-quando-perdoamos/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário, ele é muito importante para a avaliação do nosso trabalho!