segunda-feira, 26 de novembro de 2018

A Salvação Inesperada - História adaptada para apresentação




O segundo ciclo fez a contação com figuras e caixa:

Num país longe, lá da Europa, numa tarde muito chuvosa, um maquinista (motorista de trem), cheio de fé em Deus, começando a ligar o trem, que estava cheinho de passageiros para longa viagem, olhou o céu escuro e repetiu, com muito sentimento, a oração dominical, O Pai Nosso.

O trem percorreu uma distância enorme, dentro de lugares escuros, quando, alta noite, ele viu, à luz do farol aceso, alguns sinais que lhe pareceram feitos pela sombra de dois braços angustiados a lhe pedirem atenção e socorro.

Emocionado, fez o trem parar, de repente, e, seguido de muitos viajantes, correu pelos trilhos de ferro, procurando verificar se estavam ameaçados de algum perigo.

Depois de alguns passos, foram surpreendidos por enorme inundação (muita chuva mesmo! ) que, invadindo a terra com violência, destruiu a ponte que o trem deveria atravessar. O trem fora salvo, milagrosamente!!!

Tomados de infinita alegria, o maquinista e os passageiros procuraram a pessoa que tinha lhes dado o aviso salvador, mas ninguém aparecia. Intrigados e curiosos continuaram na busca, quando encontraram no chão um grande morcego agonizante, O enorme voador estava batendo as asas, na frente do farol, em forma de dois braços agitados, e caiu nas engrenagens, no motor, do trem.

O maquinista retirou-o com cuidado e carinho, mostrou-o aos passageiros assombrados e contou como tinha orado, ardentemente, invocando, pedindo a proteção de Deus, antes de partir.

E, ali mesmo, ajoelhou-se, ante o morcego que acabava de morrer, exclamando em alta voz: – Pai Nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome, venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na Terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje, perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores, não nos deixes cair em tentação e livra-nos do mal, porque teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Assim seja.

Quando acabou de orar, grande silêncio reinava na paisagem. Todos os passageiros, os que acreditavam ou não, estavam também ajoelhados, repetindo a prece com amoroso respeito. Alguns choravam de emoção e reconhecimento, agradecendo ao Pai Celestial, que lhes salvou a vida, por intermédio de um animal que provoca tanto medo a algumas criaturas humanas.

E até a chuva parou de cair, como se o céu silencioso estivesse igualmente acompanhando a sublime e emocionante oração!




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