segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Espíritos Protetores



- Paiêêê!

Carlinhos chegou correndo, com o vigor dos seus 7 para 8 anos, trazido pela mãe, da aula de Evangelização, no Centro Espírita.

- Pai, não existe anjo da guarda com asinhas, auréola e tudo mais?
Carlos Henrique, com sua experiência como evangelizador, lembrou-se das dúvidas que as crianças traziam para as aulas.         



- Não, meu filho. Anjinhos, com asinhas e auréolas, não existem.

- Mas, então, pai, para quem devo fazer minhas orações?

- As orações nós podemos fazer diretamente a Deus, ao nosso Mestre Jesus, ou ao nosso Espírito protetor.

- ? ? ?

- Na Doutrina Espírita, preferimos chamar os anjos de Espíritos protetores. Eles são Espíritos como nós, só que já desencarnaram.

- Ah, eu sei, pai! Desencarnado é quem já morreu, né?

- Isso mesmo. São Espíritos que através de boas ações evoluíram e do Plano Espiritual estão em condições de nos ajudar, nos inspirando boas idéias. Mas eles não decidem por nós. A responsabilidade de sermos pessoas boas, que cuida da natureza, respeita os outros e amam ao próximo é de cada um.

Carlinhos prestava atenção, e então o pai resolveu continuar:

- E quando você está com medo, o que você costuma fazer?

- Eu não tenho medo de nada! - disse o garoto, bem sério.



O pai, então lembrou de que o menino tinha medo, sim, de tempestade, de dormir no escuro e que sempre dormia com o abajur ligado. E uma noite ele acordou os pais no meio da noite porque estava com medo de que eles morressem, de que seu irmão morresse e até que seu cachorro morresse. Mas o pai disse apenas:

- Mas quando acontecer de você sentir medo de alguma coisa, você pode fazer algo que pode lhe ajudar muito. Você sabe o que é?

- Uma prece?

- Isso mesmo. Uma prece para que o seu Espírito protetor lhe inspire coragem e confiança em Deus. Você sabia que um dia todos nós poderemos ser Espíritos protetores? Vai depender de nossa evolução, das coisas boas que fizermos.

- Puxa, pai, que bom! Deve ser legal! Quero ser logo um Espírito protetor e ajudar as outras pessoas.

Pegou sua bola, e feliz com a nova lição, convidou o pai e o cachorro Chico para jogarem todos juntos.

História: Amália Paz e Claudia Schmidt
Desenhos: Cristina Chaves 
Sociedade Espírita Casa do Caminho, bairro jardim das Palmeiras, Porto Alegre/RS
Responsabilidade: Grupo Espírita Seara do Mestre


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