PERDÃO (COMO PERDOAR) – 3º Ciclo
1. TEMA: O Perdão - Como
perdoar
2. OBJETIVO: A criança
conscientizar-se-á de que a prática do perdão é um dos pontos básicos para a convivência
perfeita, a felicidade, o progresso, a libertação do Espírito, e que o perdão
deve ser exercido integralmente, com o esquecimento das ofensas.
3. BIBLIOGRAFIA:
Mt, 5: 25 e 26, 44; 6: 14 e 15; 18: 15, 21 e 22; 26: 41.
LE, 918; ESE., 10: 1 a 15; 12.
Almas em Desfile (Hilário Silva / F. C. Xavier e Waldo Vieira), 2ª parte,
cap. 16.
4. DESENVOLVIMENTO:
a) Incentivação inicial: Diálogo.
Ler, ou pedir a alguma criança que leia, no cap. 10 de “O Evangelho
Segundo o Espiritismo” os trechos evangélicos citados acima (itens 2, 3 e 5) e
perguntar às crianças por que motivo Jesus falava tanto em perdão e
reconciliação.
b) Desenvolvimento: Exposição dialogada.
A mensagem do Evangelho de Jesus não se destina aos templos, mas à vida
diária. O ensinamento a respeito do amor ao próximo não é apenas um conceito
abstrato para servir de base a comentários durante as práticas religiosas, mas
sim um alerta para o esforço que cada um deve desenvolver no sentido de ter uma
convivência pacífica entre as criaturas.
O perdão é um dos elementos básicos para a boa convivência. No lugar onde
não há perdão, não há paz, pois as pessoas que não perdoam vão acumulando as
mágoas e os rancores, umas contra as outras, o que gera um clima de tensão.
Quando se vive num ambiente tenso, muitas atitudes comuns e até mesmo
inocentes poderão ser tomadas como agressivas ou provocadoras e redundarem em
acontecimentos desagradáveis.
Se recebemos um mal qualquer, como seja uma ofensa, uma agressão, uma
traição ou se somos vítimas de calúnia, devemos procurar não responder do mesmo
modo, ou tomar qualquer atitude de vingança contra aquele que praticou a má
ação, pois se retribuirmos o mal com o mal, estaremos no mesmo nível daquele
que nos ofendeu. “Responder à altura”, conforme muitas pessoas dizem, significa
que nos colocamos exatamente no mesmo nível daquele que nos agrediu. Ora, se a
ofensa parte de uma pessoa com baixo padrão vibratório, responder-lhe à altura
significa baixar também o nosso. Quem é realmente superior não desce a um nível
inferior, senão para ajudar.
Como sabemos que a pessoa que pratica o mal está invariavelmente
perturbada, é fácil deduzir que sempre que estivermos retribuindo o mal com o
mal estaremos nos perturbando também, pois estaremos guardando uma mensagem
desequilibrada que nos chegou. Estaremos nos ligando ao mal. Se, ao contrário,
procurarmos, com o auxílio da prece, perdoar e esquecer a ofensa recebida,
ficaremos desligados da pessoa desequilibrada e, consequentemente, ela não nos
poderá atingir.
Devemos nos lembrar sempre de que todo aquele que ofende, calunia, agride,
xinga, aborrece os outros, é alguém que está em desarmonia consigo mesmo, que
está perturbado, desequilibrado. Jesus ao nos aconselhar “orai pelos que vos
perseguem e caluniam”, estava não só ensinando a procurarmos ajudar um irmão
necessitado, como também a nos pormos a salvo do mal que ele nos queira fazer,
pois quando oramos, nos colocamos num padrão vibratório mais elevado, o que nos
livra da ligação com o mal.
Todo aquele que tem boa formação sente naturalmente piedade por uma pessoa
que seja doente, que tenha uma moléstia grave, uma tuberculose, um câncer, por exemplo.
Entretanto, se a pessoa for doente da alma, alguém que prejudica, persegue,
fala mal, calunia, essa às vezes causa raiva e até desejos de vingança, embora
seja também doente, com a diferença de a sua doença estar na alma e não no
corpo. Devemos nos lembrar de que a pessoa agressiva, maldosa tem uma moléstia
na alma, moléstia essa que é tão grave quanto o câncer no corpo físico, com uma
diferença: a doença do corpo se extingue com a morte, ou seja, vai para a sepultura
com o cadáver; a doença da alma vai com o Espírito para o Mundo Espiritual.
Qual das duas criaturas merece mais a nossa piedade? Daí Jesus ensinar que
devemos orar pelos que nos perseguem e caluniam...
Quando Jesus, respondendo a Pedro disse-lhe que deveríamos perdoar não
sete vezes, mas setenta vezes sete vezes, quis dizer que devemos perdoar
sempre, indefinidamente. É claro que aquele que aprendeu a lição de perdão não
vai ficar contando, esperando 490 vezes.
Os Judeus tinham por hábito religioso colocar uma oferenda no altar do seu
templo, com o intuito de agradar a Deus. Como essa prática era considerada
muito importante por eles, Jesus usou-a para ensinar que, além de perdoar,
devemos também pedir perdão ao notarmos que ofendemos alguém, pois não adianta
tentarmos agradar a Deus, conservando-nos inimigos de nossos irmãos, que são
também Seus filhos: “Se, portanto, fordes depor a vossa oferenda no altar, vos
lembrardes de que o vosso irmão tem qualquer coisa contra vós, - deixai a vossa
dádiva junto ao altar e ide, antes, reconciliar-vos com o vosso irmão; depois,
então, voltai a oferecê-la.” (Mt, 5: 23 e 24.)
O perdão não é para ser exercido apenas quando ocorram fatos muito graves
contra nós. Devemos perdoar, desculpar, desde as pequeninas ofensas, as menores
indelicadezas que pratiquem contra nós, pois quem não perdoa as pequenas
ofensas, não perdoa também as grandes. A prática do perdão requer treinamento constante.
Criar o hábito do perdão é tarefa que requer o uso da nossa vontade.
Quando desejamos realmente entrar no aprendizado da misericórdia, da
benevolência, devemos pedir a ajuda de Jesus e dos Bons Espíritos, nas nossas
orações, a fim de estarmos sempre vigilantes contra o velho hábito de recebermos
e guardarmos ofensas, como se fossem coisas boas. O que não é bom,
não devemos receber, deixar que nos atinja. Mas, se inadvertidamente
permitirmos que isso aconteça, devemos recorrer à oração para lançarmos fora
todo o mal.
Aí é que aplicamos a recomendação de Jesus: “Vigiai e orai para que não
entreis em tentação” (Mt, 26: 41), vigiando a nossa mente e o nosso coração, a
fim de verificarmos se estamos guardando mágoas.
Guardar mágoa ou rancor é um ato que demonstra falta de bom senso: seria o
mesmo que conservar, no próprio lugar, um alfinete que alguém tivesse espetado
em nosso corpo. Que faremos se uma pessoa fincar um alfinete em nós? É claro
que o tiraremos imediatamente e trataremos do local com o medicamento adequado.
Se considerarmos as ofensas recebidas como “alfinetadas” como se costuma
dizer, agiremos do mesmo modo, não permitindo que o “alfinete” fique em nós.
Vamos tirá-lo e tratar logo da ferida.
Perdoar, como se vê, é até um ato de inteligência, pois se uma pessoa nos
ofende e nós guardamos mágoa ou rancor, sofremos todas as vezes que nos
lembrarmos do fato desagradável. Quando guardamos uma ofensa estamos negando a
nossa condição de criatura inteligente, pois nós mesmos estaremos multiplicando
o mal: a pessoa nos fez uma única vez e nós, a cada lembrança, nos
entristecemos, nos ferimos de novo. Se, ao contrário, desculparmos, perdoarmos,
esquecendo-nos do mal recebido, a ofensa só nos terá atingido naquele momento
da agressão e logo depois a fazemos desaparecer. Daí o sábio ensinamento do
Evangelho: “... perdoar com esquecimento de todo o mal”.
Os Espíritos ensinam que existem muitas pessoas que são doentes porque
ainda não aprenderam a perdoar, a esquecer o mal recebido. Existem pessoas que
guardam mágoas por anos seguidos, como se fossem coisas preciosas, relatando,
sempre que podem, seus sofrimentos aos outros. Essas pessoas, ao recordarem as ofensas
que as fizeram sofrer, retornam à situação emocional do momento desagradável, e
assim volta-lhes a mágoa, o rancor e, não raro, a idéia de vingança, o que é
pior. Esse estado mental negativo prejudica seriamente não só o equilíbrio
emocional, mas também a própria saúde física.
Quase sempre, as pessoas agressivas, indelicadas, desagradáveis,
caluniadoras, perseguidoras, invejosas, enfim as pessoas que agem em desacordo
com os princípios evangélicos, têm os seus atos reforçados por Espíritos inferiores,
aqueles que se alegram com o mal. Ora, se retribuirmos o mal com o mal
estaremos nos sintonizando com esses irmãos infelizes. Mas, se, ao contrário,
orarmos em favor do ofensor, conforme recomendou Jesus: “... e orai pelos que
vos perseguem e caluniam” (Mt, 5: 44), estaremos nos ligando aos bons
Espíritos, principalmente ao protetor daquele que nos quer prejudicar.
É bom nos lembrarmos de que no momento em que ofendemos, agredimos,
retribuindo o mal com o mal, estamos deixando que se manifeste apenas a nossa
natureza animal, mas quando perdoamos, buscando compreender o nosso irmão,
estamos revelando a nossa natureza divina. Além do mais, quando alguém nos
ofende, sempre espera que fiquemos com raiva. Se ficarmos com raiva, estaremos
fazendo o que o agressor quer. Será que assim não estaremos deixando que outra
pessoa diga como devemos agir, que controle a nossa vida?
A Doutrina Espírita nos ensina que Jesus veio revelar-nos que Deus, na sua
condição de Pai Misericordioso, sempre nos perdoa. Entretanto, para que
mereçamos a misericórdia e o perdão de Deus é necessário que sejamos misericordiosos
por nossa vez, perdoando os nossos irmãos quando nos tenham ofendido, conforme
prometemos, repetindo o “Pai Nosso”: “... perdoai as nossas ofensas, como nós
perdoamos os nossos ofensores.”
c) Fixação e/ou avaliação: Interrogatório.
Fazer às crianças perguntas sobre os tópicos desenvolvidos na aula.
Sugestões:
01- Quem nos recomendou o perdão?
02- Por que o perdão é básico para a boa convivência?
03- O que Jesus nos mostra na recomendação: “Orai pelos que vos perseguem
e caluniam”?
04- O que Jesus quis dizer ao recomendar a Pedro que perdoasse até setenta
vezes sete vezes?
05- Como nós podemos aprender a perdoar as grandes ofensas?
06- Quem merece mais a nossa compaixão: o doente do corpo ou o doente da
alma?
07- Por que perdoar é um ato de inteligência?
08-O que é que sentimos quando nos lembramos de uma pessoa que nos tenha
ofendido e de cuja ofensa ainda guardamos mágoa?
09- Será ato de inteligência permitir que uma ação, muitas vezes
impensada, de uma pessoa perturbe a nossa paz?
10- Se você ficar magoado ou com raiva porque uma pessoa fez-lhe algum
mal, não estará, assim, permitindo que essa pessoa decida por você, como você
deve se sentir?
11- A quem o perdão faz mais bem, àquele que o recebe ou àquele que o
concede?
12- Para qual das duas posições é necessário ter-se mais coragem: para
vingar-se ou para perdoar?
13- Com que espécie de Espíritos estamos nos sintonizando quando retribuímos
o mal com o mal?
d) Material didático: Exemplar de “O Evangelho segundo o Espiritismo”. Papel e lápis para quem
quiser fazer o exercício por escrito.
Aliança Municipal Espírita de Juiz De
Fora (AME-JF) AULA Nº 37
‘
DINÂMICA - ANTE O OFENSOR
Objetivo: Colocar-se no
lugar do seu opositor, na condição de filho de Deus e imaginar como gostaria de
ser tratado pela lei, caso tenha cometido um crime.
Participantes: Indefinido.
Tempo Estimado: 15min.
Material: lousa e giz.
Descrição:
O Evangelizador deverá escrever na lousa uma pergunta sobre um crime
hipotético, questionar os alunos como deveriam tratar o criminoso e anotar as
respostas.
Pergunta:
Se um filho roubasse os seus próprios pais como deveria ser tratado?
Após anotar as respostas dos alunos na lousa, faça outros questionamentos:
Se este filho fosse você como gostaria de ser tratado? Gostaria de receber
o mesmo tratamento que havia pensado antes? Gostaria de receber o perdão dos
seus pais e familiares? (Aguarde as respostas)
Comentário:
Quase sempre categorizamos aqueles que nos ferem por inimigos
intoleráveis; entretanto, o Divino Mestre, que tomamos por guia, determina
venhamos a perdoar-lhes setenta vezes sete. (...)Se a injúria nos visita o
cotidiano, pensemos em nossos opositores na condição de filhos de Deus, tanto
quanto nós, e, situando-nos no lugar deles, analisemos o que estimaríamos
receber de melhor das Leis Divinas se estivéssemos em análogas circunstâncias.
(...) Efetuado o autoexame, não mais nos permitiremos qualquer censura e sim
proclamaremos no coração a urgente necessidade de amparo da Misericórdia
Divina, em favor deles, e a nosso próprio benefício. (Rumo certo. Agressores e
nós. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)
Segundo André Luiz: " O adversário em quem você julga encontrar um
modelo de perversidade talvez seja apenas um doente necessitado de compreensão.
(...) A melhor maneira de aprender a desculpar os erros alheios é reconhecer
que também somos humanos, capazes de errar talvez ainda mais desastradamente
que os outros." (Sinal verde. Antagonistas. Psicografado por Chico Xavier)
(Baseada no livro: Rumo certo. Agressores e nós. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier e no livro:
Sinal verde. Antagonistas. Psicografado por Chico Xavier)
Leia mais: https://www.passatempoespirita.com.br/products/dinamica-ante-o-ofensor/
DINÂMICA - O QUE SENTIMOS QUANDO PERDOAMOS
Objetivo: Perceber quais são
os sentimentos que possuímos em nosso coração quando perdoamos alguém.
Participantes: Indefinido.
Tempo Estimado: 15 min.
Material: papel color set
com cores sortidas, cartolina, tesoura e cola bastão.
Descrição:
O Evangelizador deverá confeccionar previamente vários corações coloridos
(tamanho: aproximadamente 10cm X 10cm) e distribuir um para cada aluno. Depois
deverá pedir para que os alunos escrevam no coração quais sentimentos possuem
quando perdoam alguém (Exemplos: paz, amor, felicidade, etc.). Após escrever,
todos deverão colar os corações na cartolina.
Comentário:
O perdão sincero é filho espontâneo do amor e, como tal, não exige
reconhecimento de qualquer natureza. (O Consolador. Questão 335. Espírito
Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier).
(Baseada no blog: Pelos caminhos da Evangelização)
Leia mais: https://www.passatempoespirita.com.br/products/dinamica-o-que-sentimos-quando-perdoamos/
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