Na casa da família Chaves todos viviam muito felizes. Papai, mamãe, Cenira, Carlos e Cláudio, o nenê de dois aninhos.
Como mamãe tivesse muito serviço, todos deviam ajudá-la.
Papai, depois que voltava do trabalho, cuidava da horta e do jardim. Carlos tratava das galinhas e do gatinho. Cenira devia enxugar a louça e guardá-la. Além disso, os dois, tanto Carlos como Cenira, deviam conservar em ordem o quarto de dormir os brinquedos, roupas e livros, e todos tinham o dever de atender o nenê.
Tudo ia muito bem, até que, um dia, Carlos e Cenira acharam que estavam trabalhando demais.
- Seria tão bom se a gente não tivesse de fazer nenhum serviço... disse Carlos à irmã. Acho que devemos pedir uma folga...
- É mesmo... concordou Cenira. Vamos falar com mamãe? E os dois foram correndo.
E como mamãe ficasse muito admirada, Cenira explicou ligeiro:
- Não fazer coisa alguma em casa... só aquilo de que a gente gosta.
Mamãe olhou para os filhos. Pensou um pouco e disse tranquilamente:
- Muito bem, concordo com vocês, mas... com uma condição não aceitarei reclamações. Na primeira queixa, a folga termina. Está certo?
- Está, mãe, está... Que bom! Agora vamos brincar bastante... disseram os dois, cheios de contentamento.
A princípio tudo correu bem. Mas, no domingo, já houve uma atrapalhada. As crianças dormiram até tarde. Quando se levantaram, acharam apenas um bilhete da mamãe. Carlos leu em voz alta:
Fui passar o dia em casa de vovó comam pão e doce.
- Pão e doce? ... Mas, o almoço? ... reclamou Cenira, que era muito comilona.
- Por que mamãe fez isso? ... resmungou o Carlos.
- Certamente ela resolveu tirar folga! ... falou papai começando servir o pão.
As crianças, porém, não se conformaram. Ficar em casa sem mamãe! E ainda sem almoço! Era tarde demais! ... E não podia reclamar, senão: adeus folga!
No outro dia, com medo de que a mamãe saísse novamente, levantaram bem cedo, tomaram café e foram brincar no pátio. Brincaram, brincaram. Nisto, Cenira deu um grito:
- Mãe, olhe o que o Claudinho está fazendo!
O nenê estava sentado à porta da casinha e muito calmamente metia os dedinhos nos lindos olhos da bonequinha de Cenira.
Mamãe pegou o Nenê e disse muito séria:
- Se a boneca estivesse no lugar, isso não teria acontecido.
De repente, Carlos falou preocupado:
- Acho que as galinhas estão doentes. Estão todas tristes e não puseram nenhum ovo.
- É possível que elas estejam com fome ou sede. - Comentou a mãe.
- Ah! ... Eu não dei nem milho, nem água... disse o menino.
- Nem eu! respondeu mamãe. Não tive tempo...
Então, Carlos, embora estivesse “de folga”, foi dar água e alimento às galinhas e ao gatinho, pois não queria vê-los doentes.
À tardinha, as crianças estranharam que a mãe não servisse o jantar. E quando os dois disseram que estavam com fome, ela respondeu:
- Vou preparar o café. Não tive tempo de fazer o jantar...
Carlos e Cenira ficaram tristes, mas nada disseram. Olharam para mamãe: estava abatida, parecia cansada!
À noite, quando foram se deitar, o quarto estava todo desarrumado.
Brinquedos misturados com cobertas, roupas atiradas aqui e ali, revistas no chão.
- Com certeza, mamãe não teve tempo, comentou Carlos. Depois, muito sério, tornou a falar:
- Sabe, mana, não estou gostando muito de estar de folga. Nossa casa já não é bonita nem alegre como era antes.
- É mesmo! Falou a irmãzinha.
- Mamãe anda cansada. Não fez mais aquelas comidinhas gostosas. Papai anda sério... parece aborrecido com a gente. Temos que dar um jeito! Terminou o menino.
E, depois de pensar em um pouco, resolveram: fim para a folga!
Voltariam, novamente, a ajudar em casa. E foram comunicar à mãe o que haviam resolvido.
Mamãe ficou muito contente.
- Muito bem, meus filhos. Acho que assim Seremos sempre uma família feliz.
E, muito alegre, foi ajudar os filhos a pôr em ordem o quarto de dormir.
Apostila da USEERJ
(da coleção “O Melhor é viver em família”, série Evangelização no Lar, livro 1)
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