Era uma vez, uma linda laranjeira onde viviam várias lagartas marrons. Todas
elas um dia se transformariam em lindas borboletas e para que tal dia chegasse,
se preparavam de todas as formas: se alimentavam das folhinhas bem novas, as
mais saborosas que se encontravam nas pontas dos galhos; ao mesmo tempo todas
trabalhavam na construção de seus casulos, que deveriam ficar em locais bem
seguros, livres do perigo, da chuva e do vento.
Nessa laranjeira, certo dia, apareceu uma lagarta que ninguém tinha visto
antes. Ela era verdinha, pequenina e bem fininha. Ela foi muito mal recebida
pelas lagartas marrons:
– Como pode essa lagarta verde,
magricela, de outra árvore, vir aqui viver conosco! – Clamava uma lagarta
marronzinha.
– É mesmo! Replicava a outra: – Ela
não pode comer da nossa folhinha verde, porque ela pertence a outra árvore.
Além disso, nós que somos maiores e mais bonitas é que temos direito de comer
as melhores folhas!
A Lagartinha verde, pobrezinha, teve
que se defender: – Minhas amigas, todas nós vamos virar borboletas e voar por
esse mundo a fora, pelos rios, pelas florestas, por isso não há motivo para
vocês me tratarem dessa forma. Eu prometo construir o meu casulo, que será bem
pequenino, num lugar que não vai ocupar o espaço da vocês.
Passadas algumas semanas, eis que começa a nasceras primeiras borboletas do
laranjal:
– Olhem amigas, como somos bonitas,
temos as nossas asinhas bem amarelinhas!
– É mesmo amigas! Disse outra
borboleta.
– Devemos exercitar as nossas asinhas
para conhecer o mundo! Disse outra.
De repente, apareceu naquele grupo uma borboleta bem pequenina, de assas bem
azuis.
– Oh! Como ficou bonita! Você
gostaria de vir conosco conhecer a floresta?
– Gostaria sim, mas eu sou diferente
de vocês.
–Não tem importância, cara amiga, nós
aprendemos com você que não devemos excluir do nosso grupo aqueles que são
diferentes de nós, pois afinal de contas no mundo há espaço para todas as
borboletas, de todas as cores e de todas as árvores.
E assim, as borboletas amarelas e azul saíram do laranjal e foram conhecer a
floresta, suas árvores. E, no meio de caminho, encontraram uma bando de
borboletasEazuis, iguais a nossa amiguinha, e também outras tantas pretas de
bolinhas brancas, brancas de bolinha pretas, vermelhas, brancas, violetas e
cantavam uma linda canção.
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