A
FIGUEIRA SEM FRUTO
Mat. 21:18-19
18. De manhã, voltando à cidade, teve fome.
19. E
vendo uma figueira à beira da estrada, foi a ela e não achou nela senão somente
folhas e disse-lhe: "Nunca de ti nasça fruto". E instantaneamente
secou a figueira.
20. E
vendo-o, os discípulos admiravam-se, dizendo: como secou repentinamente a
figueira?
21. Respondendo, Jesus disse-lhes: "Em
verdade vos digo, se tiverdes fidelidade e não hesitardes, fareis não
só isto da figueira; mas se disserdes a esse
monte: desarraiga-te e lança-te ao mar, far-se-á.
22. E tudo quanto, tendo fidelidade, pedirdes
na oração, recebereis".
***
Site Meimei
Em uma chácara
bem formada, o dono tinha muitos pés de fruta. Havia ali laranja, banana,
abacate, caju e figueiras.
Uma das
figueiras, já fazia três anos que não produzia frutos. O dono da chácara não
gostou e chamou seu empregado e mandou que este cortasse a figueira porque ela
estava ocupando inutilmente lugar na Terra. Naquele lugar, poderia estar
plantada uma outra planta frutífera.
O empregado
respondeu: Senhor, deixe-a para mais este ano, até que eu cave em volta dela e
lhe deite adubo. Muito bem, disse o dono: faça isso, mas se não der certo,
terás que cortá-la.
Como as plantas,
nós as criaturas humanas não devemos existir inutilmente e ocupar lugar na sociedade.
Cada qual tem a sua função e deve dar o melhor de si, porque sabemos que somos
um Espírito encarnado com uma finalidade específica na presente encarnação.
Exemplo: O professor deve estar cheio de amor pela sua profissão e pelos seus
alunos.
A dona de casa, (rainha do lar) deve ser verdadeiro primor de missionária.
"segundo a querida Meimei"
Mulher:
Missionária da vida
Ampara o homem,
para que o homem te ampare.
Não te
conspurques no vício e nem te mergulhes no prazer.
A felicidade na
Terra, depende de ti como o fruto depende da árvore.
Mãe, sê o Anjo
do Lar.
Esposa, auxilia
sempre.
Companheira, acende
o lume da esperança
Irmã, sacrifica-te
e ajuda.
Mestra orienta o
caminho.
Enfermeira, compadece-te.
Fonte sublime, se
as feras do mal te poluíram as
Águas, imitam a
corrente cristalina, que no serviço infatigável a todos, expulsa do próprio
seio a lama que lhe atiram.
Por mais que te
aflijam as dificuldades, não te confies à tristeza ou ao desânimo. Lembra os
órfãos, os doentes, os velhos e os desvalidos da estrada que esperam pelos teus
braços e sorri com serenidade para a luta. Deixa que o trabalho, tanja as
cordas sensíveis do teu.
Sentimento, para
que não falte a música da harmonia às pedregosas trilhas da existência
terrestre. Teu coração mulher, é Uma Estrela encarcerada. Não lhe apague a Luz
para que o amor resplandeça sobre as trevas. Eleva-te, elevando-nos. Não te
esqueças de que trazes nas mãos a chave da vida e que a chave da vida é a
gloria de Deus "MEIMEI".
Não estamos no
mundo por "acaso." Estamos porque sabemos de onde viemos, para onde
voltamos e o que aqui estamos fazendo. Somos Espíritos que voltamos à carne.
Viemos do Plano Espiritual cumprir na Terra uma tarefa de aperfeiçoamento e
para lá voltaremos um dia.
Então, cada pessoa se assemelha a uma célula viva do grande organismo chamado humanidade e se assemelham as células do nosso corpo. As células reunidas, formam tecidos e os tecidos formam órgãos e estes um organismo completo para um perfeito desenvolvimento. Do bom funcionamento geral, podemos deduzir a saúde daquele corpo.
Então, cada pessoa se assemelha a uma célula viva do grande organismo chamado humanidade e se assemelham as células do nosso corpo. As células reunidas, formam tecidos e os tecidos formam órgãos e estes um organismo completo para um perfeito desenvolvimento. Do bom funcionamento geral, podemos deduzir a saúde daquele corpo.
Assim também, do
bom desempenho de cada indivíduo no seu trabalho e na sua profissão, vai
aparecer o progresso individual e coletivo para o grande organismo chamado
humanidade.
Não é só consumir.
Temos o dever e a obrigação de produzir. Do contrário seremos como parasitas (plantas ou animais que vivem às custas de outros).
Aquele pois, que
foge ao cumprimento desse dever, é indigno da coletividade a que faz parte.
As pessoas não
são iguais as plantas e aos animais. As pessoas são superiores porque pensam e
raciocinam. Tem aspirações realizáveis neste mundo. Possuem inteligência,
vontade, um coração que vive e se nutre de amor e um a consciência que aspira à
justiça.
As plantas por
exemplo, são fixas no chão, isto é, não se locomovem. Nutrem-se através de suas
raízes e respiram pelas folhas.
Os animais se
reproduzem para a conservação da espécie através do instinto. Mas tanto as
plantas como os animais, produzem os seus frutos e geram suas espécies.
Então, se os
seres inferiores, produzem para a humanidade, quanto mais o homem que é o ser
mais evoluído da criação, tem o dever de produzir para o benefício geral da
humanidade.
Todos devem
apresentar os seus frutos, começando pela melhoria própria que é o
aperfeiçoamento do caráter. A criança deve aprender a se melhorar, Ver o
exemplo das planta e dos animais, o aprendizado necessário. As plantas nos dão
alimento e beleza. Vejam lindas jaqueiras. São árvores grandes que nos dão
sombra e oxigênio além das deliciosas frutas. Os animais, a vaquinha nos dá o
leite precioso, a carne, o couro, os ossos etc. Não é um animal útil?
Qual o fruto que o
homem a (criança) devem apresentar. Em primeiro lugar, a melhoria própria, isto
é, ser bom, caridoso, não ter ciúmes não mentir, não invejar etc. Cada um tem o
que merece por conquista de seu trabalho e de seu esforço. Ex. O dono da
chácara trabalhou e economizou por isso pode comprar aquelas terras. Não
devemos invejá-lo e sim seguir seus exemplos. Quais exemplos? Trabalhar e
economizar para poder comprar umas terras e ter o nosso sítio cheio de pés de
frutas. Outra conquista de caráter é sentir-se feliz com a prosperidade alheia
(coisa muito rara).
É também dar um
pouco do que temos de supérfluo: agasalhos, calçados, alimentos. Assim
procedendo, ao voltarmos para a Espiritualidade, estaremos melhores do que
quando viemos. Essa é a verdadeira religião. Solidariedade para com o próximo.
Lembrar acontecimentos individuais e coletivos.(sul do país)
Comentários de
Vinícius, escritor espírita de renome, sobre A FIGUEIRA ESTÉRIL.
Particularmente
à infância e à juventude cumpre meditar no assunto desta Parábola. A doutrina
que dela ressalta, nada tem de comum com a velha escola religiosa, cujos dogmas
caducam e se desfazem ao sopro vigoroso e racionalíssimo do panorama
contemporâneo. A religião que surge das páginas do Evangelho não é a religião
da velhice, é a religião forte e varonil dos moços. Tal é à vontade de Deus e a
natureza da fé que ela inspira.
A figueira era
nova. Não se trata de um velho tronco cansado e exausto, mas de uma árvore
viçosa e fresca, que nada ainda havia produzido, apesar de se achar em plena
época de fertilidade. Isso quer dizer que Jesus apela para a mocidade, pois
esse é o estágio de existência em que cumpre estabelecer as bases de um caráter
são e íntegro.
O descaso por
este apelo do Senhor demanda o emprego de adubos e o removimento da terra em
volta da figueira. O removimento e o adubo, a dor que a charrua (arado) produz,
rasgando a terra ferindo-a abrindo sulcos profundos. O adubo significa os
elementos, as substâncias que tornaram a árvore produtiva. Assim como o arado
rasga as entranhas da terra, cortando fundo, revolvendo a superfície endurecida
pela canícula, assim o sofrimento a Dor, vem abalar o íntimo de nosso ser,
despertando nossa consciência, acordando a razão e afinando os sentimentos. Como
o arado e os adubos tornam produtiva a árvore estéril, a Dor converte as almas
frias e egoístas em corações generosos, fecundos em obras de amor.
Do livro A
GRANDE SÌNTESE transcrevo, sobre a Dor.
"A Dor, tem
função importante em nosso aperfeiçoamento. Não adianta mover guerra à Dor.
Nunca, no meio do fulgor de tanto progresso a Dor mais aguda e profunda; nunca
foi maior o vácuo do espírito e nunca faltou tanta coragem na luta do saber
sofrer. A ciência não a compreendeu".
A Dor, cabe uma função
fundamental de equilíbrio na economia da vida e que, como tal, não pode ser
eliminada. Ela tem íntima função de ordem biológica construtiva, pois que é
excitadora de atividades conscientes. A ciência se pôs a campo para eliminar as
causas próximas da Dor, quando ela corresponde a uma vasta lei de causalidade
em que é preciso rebuscar e eliminar os impulsos primeiros e longínquos. Estes
estão na substância dos atos humanos de natureza individual e coletiva.
Por isso o
enquanto o homem continuar sendo que é e não souber realizar o esforço e
superar a si mesmo, a Dor fará parte integrante de sua vida, com funções
evolutivas fundamentais, pois que é o fator irredutível e substancial que a
evolução impõe. Se o homem não for capaz de se melhorar e enquanto não se
modificar, todas as Dores que o assediam serão justas e bem merecidas. Pobre
humanidade que odiais a Dor que haveis semeado; que alimentais a ilusão de
vence-la silenciando-a e escondendo-a em vez de compreendei-la. Não se resolvem
problemas se não forem enfrentados com lealdade e coragem. Mas cada um, ao
contrario, no meio de tanto progresso, vai mudo dentro de si, sorridente sob a
mascara da cortesia para ocultar o seu fardo de penas secretas, e cada dia
volta a exceder-se em todos os campos e a excitar novas reações que acarretam
penas futuras. Isto é inevitável porque, a orientação da vida está toda errada.
O homem, na sua ingenuidade, alimenta a pretensão de violar e modificar a Lei.
Está na ilusão de poder e saber tudo e de tudo fraudar; das reações e considera
o irmão caído como um falido, em lugar de lhe estender a mão a fim de que
também lhe seja estendida quando por sua vez vier a cair. Pobre ser o homem!
Conservando-se não somente pagão mas bestial, Ele tudo rebaixa ao seu nível -
religião, sociedade, ética, preso ainda aos instintos primordiais do furto, da
guerra, é necessário ele atravesse Dores terríveis, porque só estas poderão
fazer-se entendidas e abalar-lhe a consciência. O homem corre atras dos
sentidos, ávido de abusar de tudo, imerso no egoísmo. Se o gênio não se abaixar
até ele, por certo não saberá fazer nada para elevar-se até o gênio.
As verdades são
amplamente divulgadas, mas o esgotamento dos ideais é coisa tão velha quanto os
homens. A última palavra caberá a Dor, única e eterna plantadora do destino.
Tenha o homem a coragem de encarar esta realidade e abrace fraternalmente a sua
Dor. Aprenda e ascenda na arte de saber sofrer. Há muitas formas de Dor. Há o
ser que sofre nas trevas, tocados de ira, num estado de miséria absoluta, sem
luminosidade espiritual compensadora. É a dor do furioso, cego sem esperança.
Já o homem de consciência, desperta, pesa e reflete; o espírito tem o
pressentimento de uma justiça, de uma compensação, de uma libertação e espera.
É a Dor tranqüila de quem sabe e expia; é purgatório com o conforto da fé. O
sofrimento se detém às portas da alma que possui um abrigo de paz. A mente
analisa a Dor, descobre-lhe as causas e a lei, e a aceita livremente como ato
de justiça que conduzirá a alegria; de um tormento faz um trabalho fecundo, um
instrumento de redenção. Quanto há já perdido a Dor de sua virulência! Quão
menos áspero é o golpe quando se quebra contra uma alma assim encouraçada!
Forma-se na alma um oásis de harmonia. Entoa-se então, um hino de redenção: BEM-
AVENTURADOS OS QUE CHORAM. Dizei-me como sabes sofrer, e eu te direi quem és.
Cada qual sofre conforme o nível em que se acha: um maldizendo, outro expiando
e outro bendizendo e criando.! Das três cruzes iguais, do Gólgota.
Partiram três brados
diferentes. Somente justiça e amor são a reação dos grandes. Para uma maior
ascensão do espírito é preciso saber utilizar a Dor, em lugar de combate-la.
Não vos aponto como supremo ideal humano à figura primitiva do herói da força,
que violenta e vence, mas- ainda que as massas não o compreendam - indico-vos o
super homem em que se fundem à vontade do dominador, a inteligência do gênio, a
hiper sensibilidade do artista e a bondade do santo; o lutador sobre humano,
que perdoa e ajuda aos seus semelhantes. O Santo passa em missão; e só é grande
por inclinar-se a educar e levantar, no sentido destas vitórias sobre a Dor.
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