quarta-feira, 15 de maio de 2019

A Figueira sem Fruto


A FIGUEIRA SEM FRUTO
Mat. 21:18-19

18. De manhã, voltando à cidade, teve fome.
19. E vendo uma figueira à beira da estrada, foi a ela e não achou nela senão somente folhas e disse-lhe: "Nunca de ti nasça fruto". E instantaneamente secou a figueira.
20. E vendo-o, os discípulos admiravam-se, dizendo: como secou repentinamente a figueira?
21. Respondendo, Jesus disse-lhes: "Em verdade vos digo, se tiverdes fidelidade e não hesitardes, fareis não
só isto da figueira; mas se disserdes a esse monte: desarraiga-te e lança-te ao mar, far-se-á.
22. E tudo quanto, tendo fidelidade, pedirdes na oração, recebereis".

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Site Meimei




Em uma chácara bem formada, o dono tinha muitos pés de fruta. Havia ali laranja, banana, abacate, caju e figueiras.

Uma das figueiras, já fazia três anos que não produzia frutos. O dono da chácara não gostou e chamou seu empregado e mandou que este cortasse a figueira porque ela estava ocupando inutilmente lugar na Terra. Naquele lugar, poderia estar plantada uma outra planta frutífera.

O empregado respondeu: Senhor, deixe-a para mais este ano, até que eu cave em volta dela e lhe deite adubo. Muito bem, disse o dono: faça isso, mas se não der certo, terás que cortá-la.

Como as plantas, nós as criaturas humanas não devemos existir inutilmente e ocupar lugar na sociedade. Cada qual tem a sua função e deve dar o melhor de si, porque sabemos que somos um Espírito encarnado com uma finalidade específica na presente encarnação.

Exemplo: O professor deve estar cheio de amor pela sua profissão e pelos seus alunos.

A dona de casa, (rainha do lar) deve ser verdadeiro primor de missionária. "segundo a querida Meimei"

Mulher: Missionária da vida
Ampara o homem, para que o homem te ampare.

Não te conspurques no vício e nem te mergulhes no prazer.

A felicidade na Terra, depende de ti como o fruto depende da árvore.

Mãe, sê o Anjo do Lar.
Esposa, auxilia sempre.
Companheira, acende o lume da esperança

Irmã, sacrifica-te e ajuda.

Mestra orienta o caminho.
Enfermeira, compadece-te.
Fonte sublime, se as feras do mal te poluíram as
Águas, imitam a corrente cristalina, que no serviço infatigável a todos, expulsa do próprio seio a lama que lhe atiram.

Por mais que te aflijam as dificuldades, não te confies à tristeza ou ao desânimo. Lembra os órfãos, os doentes, os velhos e os desvalidos da estrada que esperam pelos teus braços e sorri com serenidade para a luta. Deixa que o trabalho, tanja as cordas sensíveis do teu.

Sentimento, para que não falte a música da harmonia às pedregosas trilhas da existência terrestre. Teu coração mulher, é Uma Estrela encarcerada. Não lhe apague a Luz para que o amor resplandeça sobre as trevas. Eleva-te, elevando-nos. Não te esqueças de que trazes nas mãos a chave da vida e que a chave da vida é a gloria de Deus "MEIMEI".

Não estamos no mundo por "acaso." Estamos porque sabemos de onde viemos, para onde voltamos e o que aqui estamos fazendo. Somos Espíritos que voltamos à carne. Viemos do Plano Espiritual cumprir na Terra uma tarefa de aperfeiçoamento e para lá voltaremos um dia.

Então, cada pessoa se assemelha a uma célula viva do grande organismo chamado humanidade e se assemelham as células do nosso corpo. As células reunidas, formam tecidos e os tecidos formam órgãos e estes um organismo completo para um perfeito desenvolvimento. Do bom funcionamento geral, podemos deduzir a saúde daquele corpo.

Assim também, do bom desempenho de cada indivíduo no seu trabalho e na sua profissão, vai aparecer o progresso individual e coletivo para o grande organismo chamado humanidade.

Não é só consumir. Temos o dever e a obrigação de produzir. Do contrário seremos como parasitas (plantas ou animais que vivem às custas de outros).

Aquele pois, que foge ao cumprimento desse dever, é indigno da coletividade a que faz parte.

As pessoas não são iguais as plantas e aos animais. As pessoas são superiores porque pensam e raciocinam. Tem aspirações realizáveis neste mundo. Possuem inteligência, vontade, um coração que vive e se nutre de amor e um a consciência que aspira à justiça.

As plantas por exemplo, são fixas no chão, isto é, não se locomovem. Nutrem-se através de suas raízes e respiram pelas folhas.
Os animais se reproduzem para a conservação da espécie através do instinto. Mas tanto as plantas como os animais, produzem os seus frutos e geram suas espécies.

Então, se os seres inferiores, produzem para a humanidade, quanto mais o homem que é o ser mais evoluído da criação, tem o dever de produzir para o benefício geral da humanidade.

Todos devem apresentar os seus frutos, começando pela melhoria própria que é o aperfeiçoamento do caráter. A criança deve aprender a se melhorar, Ver o exemplo das planta e dos animais, o aprendizado necessário. As plantas nos dão alimento e beleza. Vejam lindas jaqueiras. São árvores grandes que nos dão sombra e oxigênio além das deliciosas frutas. Os animais, a vaquinha nos dá o leite precioso, a carne, o couro, os ossos etc. Não é um animal útil?

Qual o fruto que o homem a (criança) devem apresentar. Em primeiro lugar, a melhoria própria, isto é, ser bom, caridoso, não ter ciúmes não mentir, não invejar etc. Cada um tem o que merece por conquista de seu trabalho e de seu esforço. Ex. O dono da chácara trabalhou e economizou por isso pode comprar aquelas terras. Não devemos invejá-lo e sim seguir seus exemplos. Quais exemplos? Trabalhar e economizar para poder comprar umas terras e ter o nosso sítio cheio de pés de frutas. Outra conquista de caráter é sentir-se feliz com a prosperidade alheia (coisa muito rara).

É também dar um pouco do que temos de supérfluo: agasalhos, calçados, alimentos. Assim procedendo, ao voltarmos para a Espiritualidade, estaremos melhores do que quando viemos. Essa é a verdadeira religião. Solidariedade para com o próximo. Lembrar acontecimentos individuais e coletivos.(sul do país)

Comentários de Vinícius, escritor espírita de renome, sobre A FIGUEIRA ESTÉRIL.

Particularmente à infância e à juventude cumpre meditar no assunto desta Parábola. A doutrina que dela ressalta, nada tem de comum com a velha escola religiosa, cujos dogmas caducam e se desfazem ao sopro vigoroso e racionalíssimo do panorama contemporâneo. A religião que surge das páginas do Evangelho não é a religião da velhice, é a religião forte e varonil dos moços. Tal é à vontade de Deus e a natureza da fé que ela inspira.

A figueira era nova. Não se trata de um velho tronco cansado e exausto, mas de uma árvore viçosa e fresca, que nada ainda havia produzido, apesar de se achar em plena época de fertilidade. Isso quer dizer que Jesus apela para a mocidade, pois esse é o estágio de existência em que cumpre estabelecer as bases de um caráter são e íntegro.

O descaso por este apelo do Senhor demanda o emprego de adubos e o removimento da terra em volta da figueira. O removimento e o adubo, a dor que a charrua (arado) produz, rasgando a terra ferindo-a abrindo sulcos profundos. O adubo significa os elementos, as substâncias que tornaram a árvore produtiva. Assim como o arado rasga as entranhas da terra, cortando fundo, revolvendo a superfície endurecida pela canícula, assim o sofrimento a Dor, vem abalar o íntimo de nosso ser, despertando nossa consciência, acordando a razão e afinando os sentimentos. Como o arado e os adubos tornam produtiva a árvore estéril, a Dor converte as almas frias e egoístas em corações generosos, fecundos em obras de amor.

Do livro A GRANDE SÌNTESE transcrevo, sobre a Dor.

"A Dor, tem função importante em nosso aperfeiçoamento. Não adianta mover guerra à Dor. Nunca, no meio do fulgor de tanto progresso a Dor mais aguda e profunda; nunca foi maior o vácuo do espírito e nunca faltou tanta coragem na luta do saber sofrer. A ciência não a compreendeu".
A Dor, cabe uma função fundamental de equilíbrio na economia da vida e que, como tal, não pode ser eliminada. Ela tem íntima função de ordem biológica construtiva, pois que é excitadora de atividades conscientes. A ciência se pôs a campo para eliminar as causas próximas da Dor, quando ela corresponde a uma vasta lei de causalidade em que é preciso rebuscar e eliminar os impulsos primeiros e longínquos. Estes estão na substância dos atos humanos de natureza individual e coletiva.

Por isso o enquanto o homem continuar sendo que é e não souber realizar o esforço e superar a si mesmo, a Dor fará parte integrante de sua vida, com funções evolutivas fundamentais, pois que é o fator irredutível e substancial que a evolução impõe. Se o homem não for capaz de se melhorar e enquanto não se modificar, todas as Dores que o assediam serão justas e bem merecidas. Pobre humanidade que odiais a Dor que haveis semeado; que alimentais a ilusão de vence-la silenciando-a e escondendo-a em vez de compreendei-la. Não se resolvem problemas se não forem enfrentados com lealdade e coragem. Mas cada um, ao contrario, no meio de tanto progresso, vai mudo dentro de si, sorridente sob a mascara da cortesia para ocultar o seu fardo de penas secretas, e cada dia volta a exceder-se em todos os campos e a excitar novas reações que acarretam penas futuras. Isto é inevitável porque, a orientação da vida está toda errada. O homem, na sua ingenuidade, alimenta a pretensão de violar e modificar a Lei. Está na ilusão de poder e saber tudo e de tudo fraudar; das reações e considera o irmão caído como um falido, em lugar de lhe estender a mão a fim de que também lhe seja estendida quando por sua vez vier a cair. Pobre ser o homem! Conservando-se não somente pagão mas bestial, Ele tudo rebaixa ao seu nível - religião, sociedade, ética, preso ainda aos instintos primordiais do furto, da guerra, é necessário ele atravesse Dores terríveis, porque só estas poderão fazer-se entendidas e abalar-lhe a consciência. O homem corre atras dos sentidos, ávido de abusar de tudo, imerso no egoísmo. Se o gênio não se abaixar até ele, por certo não saberá fazer nada para elevar-se até o gênio.

As verdades são amplamente divulgadas, mas o esgotamento dos ideais é coisa tão velha quanto os homens. A última palavra caberá a Dor, única e eterna plantadora do destino. Tenha o homem a coragem de encarar esta realidade e abrace fraternalmente a sua Dor. Aprenda e ascenda na arte de saber sofrer. Há muitas formas de Dor. Há o ser que sofre nas trevas, tocados de ira, num estado de miséria absoluta, sem luminosidade espiritual compensadora. É a dor do furioso, cego sem esperança. Já o homem de consciência, desperta, pesa e reflete; o espírito tem o pressentimento de uma justiça, de uma compensação, de uma libertação e espera. É a Dor tranqüila de quem sabe e expia; é purgatório com o conforto da fé. O sofrimento se detém às portas da alma que possui um abrigo de paz. A mente analisa a Dor, descobre-lhe as causas e a lei, e a aceita livremente como ato de justiça que conduzirá a alegria; de um tormento faz um trabalho fecundo, um instrumento de redenção. Quanto há já perdido a Dor de sua virulência! Quão menos áspero é o golpe quando se quebra contra uma alma assim encouraçada! Forma-se na alma um oásis de harmonia. Entoa-se então, um hino de redenção: BEM- AVENTURADOS OS QUE CHORAM. Dizei-me como sabes sofrer, e eu te direi quem és. Cada qual sofre conforme o nível em que se acha: um maldizendo, outro expiando e outro bendizendo e criando.! Das três cruzes iguais, do Gólgota.

Partiram três brados diferentes. Somente justiça e amor são a reação dos grandes. Para uma maior ascensão do espírito é preciso saber utilizar a Dor, em lugar de combate-la. Não vos aponto como supremo ideal humano à figura primitiva do herói da força, que violenta e vence, mas- ainda que as massas não o compreendam - indico-vos o super homem em que se fundem à vontade do dominador, a inteligência do gênio, a hiper sensibilidade do artista e a bondade do santo; o lutador sobre humano, que perdoa e ajuda aos seus semelhantes. O Santo passa em missão; e só é grande por inclinar-se a educar e levantar, no sentido destas vitórias sobre a Dor.

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