CENÁRIO:
Colchão sobre uma mesa pequena, uma cesta com vasos
PERSONAGEM
1 - Espírito de Luz, caracterizado com uma túnica clara, carregará a
cesta com os vasos, colocará no lado oposto em que a cama estiver na sala e ficará
lá observando e aguardando para entrar em cena. - ANGELA
PERSONAGEM
2 – Artesã, estará caracterizada com roupas simples e surradas (até com
remendos), terá uma cicatriz na perna. Vai entrar, sentar na cama e começar a
falar em direção aos evangelizandos: - CARLA
— Eu sou uma
artesã, dediquei muitos anos da minha vida ao meu trabalho. Modelava o barro,
transformando-o em lindas peças, mas adoeci gravemente, desde então venho passando
por enormes dificuldades.
Meus parentes,
parece que perderam a memória... me esqueceram, principalmente os que eu mais
ajudei quando tinha saúde.
Sem ter
como trabalhar para me sustentar e sem a família para me auxiliar, passei a
viver pelas ruas e a depender da caridade das pessoas. Acabei caindo e quebrando
minha perna (passar a mão na perna quebrada fazendo expressão de dor), faz
muito tempo que estou presa a essa cama.
(fecha os
olhos e som voz de choro faz uma prece) oh meu Deus! Eu imploro a ti meu Pai,
envie alguma consolação para os meus sofrimentos, pois não aguento mais...
(Deita na
cama e dorme)
(O Espírito
de Luz se aproxima, fala em direção aos evangelizandos)
— Vejam, ela está sonhando, vou aproveitar para dar o consolo que pediu em prece.
— Vejam, ela está sonhando, vou aproveitar para dar o consolo que pediu em prece.
(Segura a
mão da artesã, ajudando-a a levantar-se da cama e a conduz até a cesta,
mostrando-lhe alguns vasos de sua produção)
(A artesã
vai levantar e andar normalmente, pois é um sonho)
O Espírito
de luz pergunta: — Como é que você conseguiu realizar trabalhos assim tão
perfeitos?
A artesã
responde orgulhosa: - Usando o fogo com muito cuidado e com muito carinho, no
serviço da perfeição. Alguns vasos voltaram ao calor intenso duas ou três
vezes.
— E sem
fogo você realizaria a sua tarefa?
— Nunca!
— Assim
também, o sofrimento e a luta são as chamas invisíveis que Nosso Pai Celestial
criou para o embelezamento de nossas almas, que um dia serão vasos sublimes e
perfeitos para o serviço do Céu.
(A artesã
retorna para a cama e deita. O Espírito fica parado observando. A artesã acorda,
senta-se novamente na cama, passa a mão na perna quebrada, ainda fazendo
expressão de dor, mas depois sorri e agradece)
— Obrigada
Pai, compreendi que todo o meu sofrimento é necessário para a minha evolução
espiritual. Que seja feita a Sua vontade!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário, ele é muito importante para a avaliação do nosso trabalho!