Havia um casal que
desejava muito ter um bebe e não conseguia. Os anos passavam, mas eles nunca
perderam a esperança. Até que numa bela tarde de primavera nasceu uma linda
menininha, que trouxe tanta alegria para suas vidas que resolveram chama-la de
Felicidade.
Felicidade cresceu
cercada de muito luxo e conforto. Seus pais trabalhavam muito para que nada
faltasse para a filha: o melhor colégio, as melhores roupas, os brinquedos mais
modernos, as bonecas mais caras. Mas percebiam que a menina estava sempre com uma
carinha sem graça, que não era de fome e nem de raiva. Vivia emburrada,
cansada, enjoava de tudo que ganhava, estava sempre desanimada e nunca queria
fazer nada. Sem saber o que fazer, os pais resolveram levá-la ao médico.
O doutor examinou e não
achou nada, a saúde da menina estava excelente! Então falou para os pais:
- A doença da sua filha
não está no corpo, e não existe remédio que possa curar, nem mesmo injeção.
- Mas que doença é essa
doutor? – quis saber aflita a mãe.
- É falta de alegria –
respondeu o doutor – mas acho que uma coisa poderá ajuda-la a sarar, se me
derem um minuto...
O médico saiu da sala e
ao voltar trazia um menino, que tinha no seu rostinho, um lindo sorriso.
- Esse é o Augusto, ele
trabalha aqui no consultório todas as tardes depois da escola, vou permitir
que, durante 15 dias, ele saia um pouco mais cedo para ir até a sua casa
conversar com sua filha e juntos beberem a água que carrega em seu cantil. É
uma água especial que tem ajudado muita gente.
Os pais de Felicidade
concordaram e tudo ficou combinado.
Augusto é um menino
muito humilde, que trabalha no consultório para ajudar sua família, pois a mãe
adoeceu e não pode mais costurar para ajudar com as despesas da casa. É alegre,
está sempre sorrindo, trata todo mundo com carinho e respeito, todos gostam
muito dele e aonde ele vai, faz muitos amigos. Ele leva sempre consigo, o seu
cantil, que ganhou de presente de seu avô, nunca saia de casa sem ele.
Durante quinze dias,
sempre no final da tarde, Augusto visitava a pequena Felicidade. Eles
conversavam. Augusto sempre contava uma história que falava de amizade, de
respeito e amor ao próximo, do valor da família, da importância do estudo e de
como é bom fazer sempre o bem, ajudar as pessoas.
Antes de ir embora,
abria o seu cantil e servia um pouco de água para Felicidade, que sentia pouco
a pouco uma onda de alegria.
Felicidade foi mudando,
todos percebiam, já não ficava emburrada, nem desanimada, saia, passeava, aos
outros sempre ajudava e agora também sorria. Seus pais não acreditavam em como
ela havia mudado em apenas quinze dias.
Em um domingo a tarde,
Augusto foi visitá-la e Felicidade o recebeu com um lindo sorriso. E quando o
rapaz ia embora, Felicidade o abraçou e disse:
- Augusto, agora eu sei
que não é a água que é especial, é você! Com sua alegria você me mostrou a
beleza da vida E para que lembre sempre de mim, fiz esse presente para você,
meu querido amigo. – e entregou um pacote.
Quando Augusto abriu, ai
mesmo que sorriu, Felicidade havia feito uma alça para o seu cantil, pintou um
sol e flores e escreveu “Cantil da Alegria”, com letras bem coloridas.
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